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Quando damos a descarga no banheiro da nossa casa, tomamos banho, lavamos a roupa ou louça, não pensamos para onde está indo essa água suja. Achamos que ela vai embora pelos canos e entra para debaixo da terra, embaixo dos bueiros. É verdade, mas, na maior parte das vezes, o esgoto não para aí: ele continua sua viagem e vai ser despejado em algum rio ou no mar.

A sujeira que vai embora, mas não some. É aí que entra o SAMAE que coleta o esgoto e recalca até a estação e tratamento de esgotos.

A ETE possui capacidade de tratar  40 l/s de esgoto sanitário. Está localizada na Estrada Geral Dona Gertrudes, Bairro Madre Tereza. Composta de gradeamento, caixa de areia, medidor de vazão, reator UASB com queimador de gases e biofiltro, leito de secagem de lodo e duas lagoas aeradas facultativas. Recebe efluentes de 100% do perímetro urbano do município.

Sistema de tratamento de esgoto sanitário:

O processo operacional de tratamento do esgoto tem as seguintes etapas abaixo:

1)Tratamento preliminar:

Os esgotos sanitários são coletados através de caixas e redes coletoras e bombeados através de diversas estações elevatórias a até a ETE. Na chegada a ETE passa pelo processo primário (gradeamento e caixa de areia), com remoção de sólidos grosseiros e areia.

2)Tratamento primário:

Nesta etapa é realizada a medição de vazão (calha Parshall ou sensor de nível)  e a  entrada do efluente no RALF (parte central do Reator UASB) sendo a distribuição realizada no fundo do reator através dos tubos distribuidores com  processo anaeróbio de digestão do esgoto, subindo através da camada (manta) de lodo. O efluente tratado é direcionado para canaletas laterais, seguindo para as tubulações de saída  sendo lançados nas lagoas. Neste processo há uma remoção de mais de 60% da carga poluidora.

3)Tratamento secundário:

Nesta etapa o efluente proveniente do Reator UASB  chega as Lagoas de estabilização aeradas. Estas funcionam  como lagoas de polimento, atuando na remoção adicional de DBO, de nutrientes e de organismos patogênicos, resultando na melhoria do efluente final da ETE , chegando a uma eficiência de mais de 90%.

Lodos:

Os lodos gerados no sistema de tratamento são dispostos em quatro leitos de secagem, para redução do volume final e encaminhado para aterro sanitário.

Gases:

Os gases produzidos no processo anaeróbio: metano (combustível) e sulfídrico (odor desagradável)   são coletados em tubulações e conduzidos até o queimador de gás (o gás sulfídrico é queimado juntamente com o metano.  Os gases restantes do processo são coletados e encaminhados para o Biofiltro que faz a lavagem dos gases eliminando o mau cheiro.

Eficiência do processo:

Cálculo de redução final da carga poluidora do efluente após tratamento:
- Coliformes: 98 a 99,9%
- DBO da ETE: 95 %
- DQO: 70%
  O sistema de tratamento de esgotos de São Ludgero possui Licença Ambiental de Operação – LAO, da FATMA, e realiza monitoramento permanente dos efluentes e do corpo receptor (Rio Braço do Norte), através de análises, atendendo a legislação vigente. São Ludgero tem uma marca importante . A cidade de 13 mil habitantes no Sul do Estado de Santa Catarina é a primeira do estado a ter 100% do esgoto tratado nas áreas urbana e rural.


ETE São Ludgero
Localização:
Rua Dona Gertudes sn – Bairro Madre Tereza, São Ludgero - SC.
40 L/S
13.410 habitantes
Toda área urbana com sistema coletivo de tratamento e área rural com sistemas individuais.
Tratamento preliminar, primário, secundário

Saneamento rural:

O município de São Ludgero possui cerca de 700 propriedades rurais que trabalham com diversas atividades agrícolas. Os terrenos tem relevo acidentado com grande quantidade de recursos hídricos como nascentes, córregos, riachos, rios.

Em decorrência da necessidade de saneamento básico efetivo, da proteção do meio ambiente e dos recursos hídricos garantindo água de boa qualidade para seus moradores, a prefeitura municipal de São Ludgero, através das secretarias municipais juntamente com a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), o SAMAE – Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto)  desenvolveu  projeto para instalação de sistemas individuais de tratamento de esgoto em todas as  residências rurais.

O sistema de tratamento de esgoto individual adotado é modelo ”mini-usinas” composto por três módulos: dois  tanques(reatores para processo anaeróbio), seguido de um filtro que fará a retenção do restante da matéria orgânica em suspensão e o efluente do filtro será lançado para um “círculo de bananeiras”.

Este conjunto é projetado para atender a uma família de cinco (5) pessoas

Orientações importantes:

1) A água do tanque ou máquina de lavar deve ser ligada diretamente no círculo de bananeiras ou vala de infiltração;
2) A água da pia deve obrigatoriamente passar pela caixa de gordura e após ligar diretamente no círculo de bananeira ou vala de infiltração;
3) Instalar o conjunto individual em local de fácil acesso para máquinas e caminhão limpa-fossas;
4) Todo o sistema deve ser limpo a cada dois (2) anos para manter a sua eficiência.

Acesse aqui o manual de instalação do sistema individual de tratamento de esgoto doméstico.